domingo, 4 de março de 2012

UMA CHAMADA ESPECIAL


Uma pessoa chamada por Deus não vive em paz enquanto não obedece a esse chamado, e sentirá alegria e satisfação na obediência, recebendo o amor e a compaixão de Deus pelo povo a quem deve servir. Estará disposta a abrir mão de vários projetos/ambições pessoais para colocar a obediência ao chamado em primeiro lugar. Isso não significa que imediatamente seus problemas, suas fraquezas e ambições serão eliminadas.

Como todos os demais cristãos ele também é muito influenciado pela sua cultura e contexto, e precisará de muita graça e muita paciência de Deus, além de um bom treinamento apropriado, para aprender a desenvolver as atitudes mais próprias (veja o caso da preparação de Pedro para sua visita a Cornélio).

O chamado para servir a Deus através da nossa profissão é tão válido e espiritual quanto o de deslocar-se a outras terras. Enquanto há cidades com excesso de profissionais no Brasil, há outros lugares com grande carência. Porque não nos oferecemos a ir aos interiores carentes de nossa terra? Ou para servir aos menores carentes ou outros grupos marginalizados nas grandes cidades?
Algumas correntes de pensamento dizem que o importante é saber para qual ministério você foi chamado, você precisa verificar seus dons, seu treinamento, etc. e então definir onde poderá melhor servir. Tem muito de verdade nisso. Nem toda a pessoa tem as qualificações e dons apropriadas para todo o tipo de ministério, Deus deu capacidades diferenciadas para os membros do corpo.

E normalmente um chamado missionário não é para começar a fazer aquilo que nunca fiz, mas para fazer aquilo que já estou fazendo em outro contexto específico. Por outro lado, há um perigo de ser muito rígido nessa concepção, de chegar ao campo e de não estar disposto, disponível para fazer aquilo que é necessário, que se espera de nós, porque somos especialistas em nossa própria área.

 Uma das qualificações importantes para o campo é a flexibilidade. Ouvi uma vez um missionário dizer que precisavam de mais “generais” no campo, i.e. pessoas dispostas a servir em “generalidades”.
Outros enfatizam muito a questão do local do chamado. O missionário em treinamento deve saber para onde foi chamado, se não o souber negam que haja chamado. Alguns mentalizam um lugar porque não agüentam a pressão de ser alguém que não sabe; outros sofrem agonias tentando saber, decidir. Eu creio que em muitos casos Deus dirige o vocacionado para um determinado lugar, mas essa direção vem na hora que Ele achar conveniente.

O importante é estar disponível, e andar de acordo com a luz que já recebemos. E buscar informações sobre campos, agências, possibilidades e necessidades, num processo de oração e confiança. Na hora certa o missionário poderá tomar sua decisão com toda a confiança.
Porque essa convicção é tão importante? Porque sem ela é muito fácil desanimar ou desistir no meio do caminho, mas quando temos uma forte e profunda convicção de chamado teremos mais disposição a resistir, com a ajuda e a graça de Deus.


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