Uma pessoa chamada por Deus não
vive em paz enquanto não obedece a esse chamado, e sentirá alegria e satisfação
na obediência, recebendo o amor e a compaixão de Deus pelo povo a quem deve
servir. Estará disposta a abrir mão de vários projetos/ambições pessoais para
colocar a obediência ao chamado em primeiro lugar. Isso não significa que
imediatamente seus problemas, suas fraquezas e ambições serão eliminadas.
Como
todos os demais cristãos ele também é muito influenciado pela sua cultura e contexto,
e precisará de muita graça e muita paciência de Deus, além de um bom
treinamento apropriado, para aprender a desenvolver as atitudes mais próprias
(veja o caso da preparação de Pedro para sua visita a Cornélio).
O chamado para servir a Deus
através da nossa profissão é tão válido e espiritual quanto o de deslocar-se a
outras terras. Enquanto há cidades com excesso de profissionais no Brasil, há
outros lugares com grande carência. Porque não nos oferecemos a ir aos
interiores carentes de nossa terra? Ou para servir aos menores carentes ou
outros grupos marginalizados nas grandes cidades?
Algumas correntes de pensamento
dizem que o importante é saber para qual ministério você foi chamado, você
precisa verificar seus dons, seu treinamento, etc. e então definir onde poderá
melhor servir. Tem muito de verdade nisso. Nem toda a pessoa tem as
qualificações e dons apropriadas para todo o tipo de ministério, Deus deu
capacidades diferenciadas para os membros do corpo.
E normalmente um chamado
missionário não é para começar a fazer aquilo que nunca fiz, mas para fazer
aquilo que já estou fazendo em outro contexto específico. Por outro lado, há um
perigo de ser muito rígido nessa concepção, de chegar ao campo e de não estar
disposto, disponível para fazer aquilo que é necessário, que se espera de nós,
porque somos especialistas em nossa própria área.
Uma das qualificações
importantes para o campo é a flexibilidade. Ouvi uma vez um missionário dizer
que precisavam de mais “generais” no campo, i.e. pessoas dispostas a servir em
“generalidades”.
Outros enfatizam muito a questão
do local do chamado. O missionário em treinamento deve saber para onde foi
chamado, se não o souber negam que haja chamado. Alguns mentalizam um lugar
porque não agüentam a pressão de ser alguém que não sabe; outros sofrem agonias
tentando saber, decidir. Eu creio que em muitos casos Deus dirige o vocacionado
para um determinado lugar, mas essa direção vem na hora que Ele achar
conveniente.
O importante é estar disponível, e andar de acordo com a luz que
já recebemos. E buscar informações sobre campos, agências, possibilidades e
necessidades, num processo de oração e confiança. Na hora certa o missionário
poderá tomar sua decisão com toda a confiança.
Porque essa convicção é tão
importante? Porque sem ela é muito fácil desanimar ou desistir no meio do
caminho, mas quando temos uma forte e profunda convicção de chamado teremos
mais disposição a resistir, com a ajuda e a graça de Deus.
Antonia Leonora van der Meer
http://blogdaksia.blogspot.com/2010/02/chamado-missionario-duvidas-1.html
http://blogdaksia.blogspot.com/2010/02/chamado-missionario-duvidas-1.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário