domingo, 4 de março de 2012

EVANGELIZAÇÃO


Chamado Missionário? Dúvidas??? (1)

 Algumas sugestões para o preparo pré-campo.

Ter um chamado missionário é um grande privilégio, e na vida de muitas pessoas começa como uma grande paixão. Querem ir e querem ir já, porque há tantos que se perdem. Estudar muito seria uma perda de tempo.
Eu estou totalmente convencida do contrário. A tarefa é urgente sim, mas isso não significa que devemos ser imediatistas, nem que Deus tenha pressa. Deus se preocupa muito em preparar seu servo da melhor maneira para que se torne instrumento de bênção na hora própria.
A Necessidade de Confirmar a convicção da Vocação.
Não existe chamado a Cristo para a salvação, nem chamado para o discipulado, para o serviço, para a renúncia por amor a Cristo, mas sim uma resposta grata ao Senhor que sendo rico, santo, glorioso, por amor de nós se fez pobre, vulnerável, pecado. Nesse sentido, o missionário não é diferente de qualquer outro cristão. O Espírito Santo foi dado à igreja, e a todo cristão verdadeiro para nos fazer testemunhas de Jesus Cristo (At 1:8). O que há então de especial no chamado missionário? Como posso saber se eu fui chamado, se a outra pessoa foi chamada?
Até certo ponto se trata de uma experiência subjetiva, no sentido de ser intensamente pessoal, e íntima. Por outro lado precisa de confirmação objetiva, deve haver outros que reconheçam e apoiem esse chamado.
Como a Bíblia nos ajuda para saber se tenho chamado, e para onde ou o quê Deus está me chamando?

Em primeiro lugar mostra que não há 2 chamados iguais, cada pessoa foi chamada de uma maneira especial, mas todos os chamados de Deus eram reconhecíveis e até certo ponto reconhecidos pelos fiéis e obedientes:

          Abraão foi chamado a abandonar sua família e terra e a peregrinar em terra desconhecida.

          Moisés foi chamado quando não mais o desejava, e quando se sentia menos capacitado e apesar de ter sido rejeitado pelo povo quando tentou ajudar.

          Davi, quando não pensava em nada além de sua tarefa de cuidar das ovelhas do pai;

          Samuel, quando era menino pequeno, consagrado pela mãe;

          Jeremias, como jovem sensível e tímido;

          Isaías, como pessoa marcada pela visão da glória de Deus;

          Neemias, porque foi sensibilizado com o sofrimento do seu povo, foi chamado a deixar o luxo e conforto da corte e a se identificar com um povo que vivia em circunstâncias simples, difíceis, e muita insegurança;

          Amós foi tirado de sua labuta no campo para levar a palavra de Deus ao reino do Norte que vivia em plena rebelião contra o Senhor, adorando falsos deuses e cometendo todo o tipo de injustiças sociais;

          Jonas, que não tinha o menor interesse na salvação dos assírios, foi enviado e usado por Deus para salvar a cidade que quer ver destruída;

          Pedro, quando reconheceu ser um pecador indigno, e Deus foi quebrando sua inconstância e seus preconceitos e tornando-o um instrumento para a salvação de muitos;

          Mateus, trabalhando na desprezada coletoria;

          Paulo, em plena tarefa de perseguir a igreja… Paulo o judeu extremamente zeloso e defensor das suas tradições tornou-se o instrumento de Deus para escancarar a porta da salvação para os gentios.

O que havia em comum é que uma vez chamados, esses homens de Deus não podiam se calar, e continuar seus caminho como se nada tivesse havido.

Nem todo o chamado é para missões transculturais, mas toda igreja deve comprometer-se com essa tarefa que Jesus lhe transmitiu. Isso faz parte da própria natureza e propósito básico da Igreja. E toda pessoa chamada deve ter o apoio e a confirmação da sua igreja, de líderes cristãos amadurecidos. Caso sua igreja local não tenha ainda visão missionária, você pode ser um instrumento para despertá-la e haverá outros “pais na fé” que reconhecerão o seu chamado. (Veja o caso de Barnabé, enviado pela igreja de Jerusalém; e Paulo e Barnabé, enviados pela igreja de Antioquia).

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